Boi Caprichoso destaca a Amazônia em Festival de Parintins

Publicado em 24/06/2015 - 10:42 Por Graziele Bezerra - Brasília

Quando o tambor toca no curral do Caprichoso, o coração da amazonense Odineia Andrade acelera. Aos 74 anos, 40 deles dedicados exclusivamente ao boi azul e branco, a mulher tenta explicar tamanho amor.

 

Sonora: "É uma vida que eu me dediquei a tal ponto de ser cognominada a mãe do boi caprichoso, porque ele já morou na minha casa, 8 anos consecutivos e eu cuidando dele com todo carinho. É um boi que despertou algo dentro de mim que eu não sei explicar o que eu sinto por ele, mas é algo que quando eu olho ele parado como se fosse um monumento, me convida a ir até ele. Dentro do meu peito parece que há uma chama que arde e que me conduz a esse amor".

 

Segundo Odineia Andrade, o caprichoso nasceu em outubro de 1913, do desejo de prosperidade dos irmãos Cid, recém-chegados do Ceará.

 

Sonora: "O caprichoso nasceu do desejo de ter alguma coisa na vida. Na época da borracha, os irmãos Cid do Ceará se aventuraram a vir para o Amazonas em busca de conquistar algo que desse melhor condições no futuro: trabalhar na borracha. Então quando eles sairam eles disseram a São João Batista que, se aqui eles tivessem muito bem, eles colocariam um boi."

 

E é exatamente essa Amazônia da esperança que o boi azul e branco vai apresentar na Arena agora em 2015. Apesar de a floresta ser um tema recorrente nas apresentações dos bumbás, Márcio Braz, membro do Conselho de Arte da Associação Folclórica Caprichoso, explica que o boi chega ao bumbódromo com pitadas de pioneirismo.

 

Sonora: "Os bumbás sempre trabalharam temáticas amazônicas, mas o Caprichoso está pretendendo para 2015, um olhar diferenciado, mais humanista, que vai caminhar em paralelo com a visão da natureza, da fauna e da flora. Nós vamos falar da Amazônia que foi o receptáculo dos sonhos de muitos povos que aqui chegaram." 

 

Não existe consenso sobre o número de títulos do Caprichoso. A Associação Folclórica defende que detém 20 premiações, mas existem relatos que o boi faltou a dois festivais, deixando a vitória para o vermelho.

 

Além disso, no primeiro ano do festival de Parintins não houve disputa, portanto, não houve ganhadores.

 

Nesta quinquagésima edição do festival folclórico de Parintins, o desafio do boi da estrela azul é um só: vencer depois de amargar duas derrotas consecutivas para o contrário.

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