Saiba a diferença entre recessão, contração e retração

Publicado em 23/01/2015 - 02:00 Por Apresentação Eduardo Mamcasz - Brasília

Na semana, o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou que nestes primeiros meses do ano a economia do Brasil arrisca sofrer até mesmo uma espécie de recessão para depois ir se recuperando aos poucos.

 

Logo em seguida, a assessoria dele correu para explicar que o ministro, quando falou recessão, na verdade estava querendo dizer contração. Pois então vamos saber a diferença entre contração e recessão. Tem mais um palavrão. Jazinho eu falo.

 



Recessão. É chamada, inclusive, de recessão técnica quando o PIB deixa de crescer por dois trimestres em seguida. É o que o Brasil ficou nos seis últimos meses do ano passado. Parou de crescer, quer dizer, cresceu para trás, se é que se pode falar assim.

 

É quando a economia, por algum motivo, deixa de crescer, na média. E digo na média porque, no ano passado,  enquanto o crescimento do setor industrial ficou abaixo de zero, o agronegócio, no mesmo tempo, cresceu acima de zero e permitiu uma média do PIB perto do zero. Ah. PIB. Produto Interno Bruto. Soma das riquezas produzidas pelo país.

 



Contração. É a mesma história da falta de energia elétrica, que aconteceu, na semana. Uns chamaram de apagão. As autoridades preferiram dizer que houve uma falta imprevista de energia, ou coisa parecida.

 

 

Outra coisa sobre contração, e vale para recessão. Quando o governo aumenta os impostos, principalmente no custo do dinheiro a ser emprestado, na verdade ele está diminuindo o consumo para, com isso,  diminuir a inflação, mas nem tanto porque, caso contrário, acaba caindo na deflação, que é prejudicial, que nem a contração, quer dizer, a recessão. Prosa complicada, né?

 



Fechando a prosa. Contração da economia. É mais ou menos o que estou falando. Primeiro, a economia sofre uma contração, pisa no freio, diminui a produção, investimento fica mais caro e o consumidor também perde o apetite de comprar.

 

Quando a economia se contrai por dois trimestres, ou três meses, em seguida, passa a ser chamada de recessão.  Se eu quisesse complicar mais ainda a prosa de hoje eu podia muito bem falar que o ministro da Fazenda, lá na Suiça, podia muito bem ter falado que a economia brasileira, neste ano, está sofrendo de uma retração. Pronto. Nem recessão, que assusta, nem contração. É retração e não se fala mais nisso.

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