Samanta do Carmo
Pesquisadores e empresários da área de Previdência já esperavam os dados apresentados nesta semana pelo IBGE, sobre o aumento das pessoas acima de 65 anos, que deve atingir um quarto da população brasileira em 2060.
Rogério Nagamine, coordenador de Seguridade Social do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, afirma que a projeção mostra o rápido envelhecimento da população brasileira. Ele explica como isso se relaciona com o atual modelo de Previdência, em que uma geração trabalha para garantir o benefício de outra.
O pesquisador comenta que o melhor momento para produtividade do país já terminou e isso ocorreu antes do previsto. Ou seja, o bônus demográfico, quando a maioria da população está economicamente ativa, não é mais realidade no Brasil. Rogério ainda menciona a situação do emprego para os mais velhos.
No ano passado, o governo tentou aprovar no Congresso uma proposta de reforma da previdência, mas não teve sucesso. Para Luís Ricardo Martins, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, focar a mudança na contribuição e na idade para se aposentar não resolveria o problema.
Para a entidade que representa os planos de previdência privada fechada, como de um grupo de trabalhadores, por exemplo, a alternativa seria reduzir o teto do INSS para cerca de R$ 2 mil, manter a contribuição obrigatória para uma faixa intermediária de renda, na qual as pessoas ficariam responsáveis por poupar para sua própria aposentadoria, e deixar facultativa a contribuição dos mais ricos.
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