Sayonara Moreno
“Meu lugar é um pulmão verde no meio da imensidão acinzentada”. Esse é o título do artigo de opinião que levou o estudante indígena Rafael Caxàpêj Krahô à disputa regional da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, em São Paulo.
Estudante do Tocantins, Rafael é o primeiro aluno indígena do estado a ter o trabalho classificado na semifinal da competição. E vai representar a escola Estadual Indígena 19 de abril, na Aldeia Manoel Alves Pequeno, no município de Goiatins, a quase 500 quilômetros da capital Palmas.
A professora de português Deuzanira Lima Pinheiro orientou Rafael a escrever um texto sobre o lugar onde vive, focando no que precisa mudar. Depois de pesquisar em campo, conversar com os mais velhos da aldeia, Rafael Krahô conseguiu coletar informações sobre rituais de gratidão para o meio ambiente e frutificação no cerrado.
Orgulhosa com o resultado do trabalho e a indicação do aluno Rafael, a professora Deuzanira comemora a primeira vez em que a escola participa da olimpíada. Ela relatou que as atividades foram intensas, com oficinas, reforço e trabalhos que duravam o dia inteiro na escola.
A professora é recente na instituição: trabalha apenas há dois anos e colhe os frutos da dedicação e do trabalho em equipe. Agora, ela e o estudante Rafael Krahô vão juntos a São Paulo, para a semifinal. Serão três dias de formação, com palestras e passeios culturais, como forma de melhorar a imaginação, a escrita, a leitura e a interpretação do jovem escritor.
Entre 23 de outubro e 19 de novembro, 173 estudantes serão selecionados, na semifinal.
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