Entidades estudantis pedem adiamento do Enem 2020

Campanha na Internet

Publicado em 15/05/2020 - 14:12 Por Lucas Pordeus Leon - Brasília

Entidades estudantis promovem neste 15 de maio uma campanha na Internet, pedindo o adiamento do Enem de 2020.

 

A UNE, União Nacional dos Estudantes, e a Ubes, União dos Estudantes Secundaristas, promovem debates e mobilizações nas redes sociais.

 

Porém, o ministro da Educação, Abraham Weitraub, é contrário ao adiamento do Enem e argumenta que existem grupos empresarias com interesses econômicos que querem suspender a prova.

 

As entidades estudantis, por outro lado, alegam que a manutenção da data para novembro prejudica parte dos estudantes, que estão com as aulas suspensas por causa da pandemia da Covid-19. Ações no Tribunal de Contas da União e na Justiça Federal também pedem o adiamento do Enem.

 

A estudante Sâmara Kayene do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública da Ceilândia, na periferia de Brasília, relata que tem sido difícil estudar sem as aulas presenciais, pois muitos conteúdos são inéditos e não dá para tirar dúvidas.

 

O estudante Victor Ramos, que vive em uma região central de Brasília já concluiu o Ensino Médio e estuda por um cursinho para o Enem. Ele considera que a suspensão das aulas presenciais prejudica a preparação para a prova.

 

Em uma entrevista para um canal do Youtube nessa quinta-feira (14), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que existem interesses econômicos de grupos empresariais do setor da educação para que o Enem seja cancelado para captar mais alunos e recursos para as instituições privadas.

 

Weintraub argumenta que quase a totalidade dos estudantes de baixa renda tem acesso à Internet pelo celular e que os livros didáticos foram todos entregues no início do ano, o que daria possibilidade de continuar estudando. O ministro da Educação ainda argumenta que adiar o Enem reduziria o número de profissionais formados no Brasil.

 

O presidente Jair Bolsonaro informou, nesta semana, que estuda adiar um pouco a prova, mas mantê-la ainda neste ano. Nessa quinta-feira (14), o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, também pediu à Bolsonaro o adiamento da prova por causa da pandemia.

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