Amanhã é o Dia Nacional e Latinoamericano da Epilepsia
Publicado em 08/09/2014 - 07:10 Por Ariane Póvoa - Brasília
O pintor holandês Vincent van Gogh, os compositores Beethoven e Tchaikowsky e o escritor Machado de Assis, não tinham em comum apenas o talento artístico. Eles tinham epilepsia. A doença é um distúrbio neurológico crônico, que traz alteração temporária do funcionamento do cérebro. Tem como sintoma mais conhecido o ataque epilético e atinge de 1 a 3 % da população mundial, segundo a Liga Brasileira de Epilepsia. No Brasil, estima-se que existam entre um milhão e 800 mil e três milhões e 600 mil pessoas com a doença.
Nesta terça-feira (9), dia em que se celebra o Dia Nacional e Latinoamericano da Epilepsia, Eduardo Caminada Júnior lança o livro “Viva com Epilepsia”. Ele tem a doença há mais de 40 anos e apresenta sua narrativa de como é conviver com essa síndrome.
O neurocirurgião Luiz Daniel Cetl explica que é o momento de abrir espaço para diminuir o preconceito em relação à doença. De acordo com ele, a epilepsia não é contagiosa e os sintomas vão além do ataque epilético. Dependendo da localização do grupo de neurônios afetados, o paciente pode ter sensações de flashes e luzes, convulsão febril e movimentação incontrolável das mãos, braços e pernas. Na maioria dos casos, não é possível identificar a causa da doença. Segundo o neurocirurgião, o principal tratamento é o medicamentoso, que é eficaz no controle das crises em cerca de 70% dos casos.