Governo lança medidas para incentivar o parto normal

Publicado em 06/01/2015 - 17:39 Por Danyele Soares - Brasília

O Ministério da Saúde lançou medidas para incentivar o parto normal entre as brasileiras que têm planos de saúde.

 

A partir de julho, as operadoras terão que disponibilizar para as pacientes os percentuais de cesarianas e de partos normais por hospital e por médico.

 

As informações devem estar disponíveis em, no máximo, 15 dias. É o que prevê uma nova resolução do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

 

 

Outra mudança trazida pela medida é a obrigatoriedade das operadoras de fornecerem o cartão da gestante, onde deverá estar registrado todo o pré-natal.

 

A ideia é que qualquer profissional de saúde tenha acesso a informações da gestação, o que deve orientar sobre a necessidade ou não da cesariana.

 

Além disso, as operadores também deverão orientar os médicos a utilizarem o partograma, um documento onde são feitos os registros de tudo o que acontece durante o trabalho de parto.

 

Esse documento será considerado um dos requisitos para o médico receber o pagamento pelo trabalho.

 

 

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é preciso garantir informação às mulheres para que elas compreendam a importância do parto normal e possam conversar com os médicos.

 

SONORA 

 

A fundadora do grupo Parto Normal em Fortaleza, Priscila Rabelo, concorda que a cesariana é necessária em alguns casos.

 

Mas acredita que hoje o número de cirurgias é exagerado. Doula há 10 anos, uma espécie de auxiliar de parto, ela já ajudou a trazer ao mundo mais de mil bebês.

 

Priscila tem duas filhas: a primeira nasceu por cesariana e a segunda, por parto normal. Hoje, a partir da experiência dela e das mulheres com que trabalha, ela destaca.

 

SONORA

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 84% dos partos pelos planos de saúde feitos em 2013 foram cesarianas. Já na rede pública, o percentual caia para 40%.

 

Ainda segundo o Ministério, quando não há indicação médica, a cirurgia coloca em risco a saúde da mãe e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco e morte da mãe.

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