Fórum vai atuar na prevenção da mortalidade materna no Rio
Publicado em 28/05/2015 - 20:31 Por Akemi Nitahara - Rio de Janeiro
O combate à mortalidade materna no Rio de Janeiro vai ganhar mais um instrumento para atuar na prevenção. A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai organizar um fórum com esse objetivo. Ele vai reunir os comitês de mortalidade, as secretarias de políticas para as mulheres e as comissões de mulheres das câmaras de vereadores de todos os municípios do estado.
A proposta surgiu nesta quinta-feira (28), durante a audiência pública na Alerj que marcou o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher e de Combate à Mortalidade Materna e debateu a violência obstétrica. A presidenta da comissão, deputada enfermeira Rejane, lembra que nem todos os municípios têm órgãos atuantes, mas a ideia é reunir o máximo de pessoas interessadas em diagnosticar o problema e apontar soluções.
“Fórum que foi proposto aqui, para que a gente consiga juntar pessoas que estejam com vontade de fazer, visitar essas maternidades, saber o que está acontecendo.
Os dados do Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna apontam que, no Rio de Janeiro, uma grávida morre a cada dois dias. De acordo com a deputada, também foi encaminhado que a Comissão dos Direitos da Mulher vai acompanhar a tramitação dos projetos de lei de interesse das mulheres; fará mais visitas às maternidades; e vai analisar formas para que a lei que garante um acompanhante durante o parto seja cumprida.
A enfermeira Sílvia Rosa, integrante do Conselho de Mulheres de Mesquita, na Baixada Fluminense, lembra que os avanços no combate às causas da mortalidade materna estão muito lentos.
“Hoje nós estamos avançando um pouquinho nessa questão da violência contra a mulher. Porque não é só a violência obstétrica Ela sofre violência desde o pré-natal, porque não tem direito de fala, do marido estar com ela, de saber o que vai acontecer com ela quando chegar no hospital”.
Segundo o comitê, 40% das mortes maternas no estado são por causas evitáveis, como hipertensão, hemorragia, infecções e aborto inseguro.