Expectativa de vida no Maranhão é de 70 anos, a menor do país

Publicado em 03/12/2015 - 19:51 Por Ariane Póvoa - Brasília

A baixa expectativa de vida para os maranhenses pode estar relacionada à população rural, à alta taxa de mortalidade infantojuvenil e aos índices de mortes violentas no estado. A afirmação é do pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque. O Instituto divulgou esta semana a Tábua Completa de Mortalidade do Brasil, referente a 2014.

 

De todos os estados brasileiros, o Maranhão foi o que apresentou a menor expectativa de vida para a população. A média de vida para homens e mulheres maranhenses nascidos em 2014 foi 70 anos, enquanto a média nacional ficou em 75 anos e 2 meses.

 

Fernando Albuquerque cita as possíveis causas desse resultado para o estado.

 

Sonora: “O Maranhão, no censo de 2010, registrou que 30% da população maranhense ainda residia em áreas rurais. E normalmente é onde a mortalidade é mais elevada. A mortalidade infantojuvenil ainda é relativamente alta. E esses fatores também podem ser influenciados por um aumento nas causas violentas, que inibe um maior aumento da expectativa de vida, principalmente a masculina, já que esses óbitos afetam muito a população masculina”.

 

De acordo com o pesquisador, em 2004, o Maranhão registrou 45 mortes violentas para cada grupo de 100 mil homens. Em 2014, esse número subiu para 98 óbitos violentos a cada 100 mil homens. Segundo Albuquerque, essa é uma das causas da grande diferença na expectativa de vida entre os dois sexos no Maranhão.

 

O relatório do IBGE apresentou expectativa de 74 anos para mulheres maranhenses e pouco mais de 66 anos para os homens. No relatório referente a 2013, o estado já registrava a pior expectativa de vida do país.

 

Albuquerque explica que, diferentemente da maioria dos outros estados brasileiros, as taxas no Maranhão aumentam timidamente a cada ano.

 

Sonora: “A expectativa do Maranhão, de vida ao nascer, era de 57 anos e meio, em 1980. E agora, em 2014, foi 70 anos. Houve um aumento considerável. Mesmo assim, esse aumento poderia ser até maior. Nesse período houve uma piora do nível da mortalidade. Em 1980 ele ocupava a 24ª posição. Agora ele está em último”.

 

A Tábua de Mortalidade do Brasil é divulgada anualmente pelo IBGE. O Estado de Santa Catarina lidera o ranking de 2014 com a maior expectativa de vida: 78 anos e quatro meses. oito anos a mais que o Maranhão, último colocado. 

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