Publicado em 01/12/2016 - 08:52 Por Maíra Heinen - Brasília
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estima que o desmatamento na Amazônia teve crescimento de 29%, em 2016.
A taxa de remoção por corte raso, quando há a remoção de toda a vegetação de uma área, foi de quase 8 mil quilômetros quadrados entre agosto do ano passado e julho deste ano.
O número é alto, visto que o país não atingia a marca de 7 mil quilômetros quadrados desmatados desde 2010.
A maior taxa de desmatamento da Amazônia Legal foi no Pará, mais de 3 mil quilômetros quadrados. Mas o Amazonas foi o estado com maior aumento de devastação: 54% superior ao período 2014-2015.
Acre e Mato Grosso tiveram queda nas taxas, mas o Mato Grosso continua como segundo estado com maior área desmatada.
Os dados são registrados por satélite em áreas que tem mais 6,25 hectares.
Organizações não governamentais lamentaram os resultados. Para o Greenpeace, por exemplo, a perda de controle ilustra a falta de ambição do governo em lidar com o desafio de cessar a perda de florestas.
O Instituto Socioamental (ISA) ressaltou que a divulgação do novo dado coloca na berlinda a capacidade do Brasil de cumprir seus compromissos de zerar as derrubadas ilegais no Brasil, até o ano de 2030.