Victor Ribeiro
O Ministério da Justiça confirmou nessa quarta-feira que o presidente Michel Temer vai trocar o comando da Polícia Federal. No próximo dia 20, o delegado Fernando Segóvia vaI substituir Leandro Daiello no cargo de diretor-geral do órgão. Daiello foi o delegado que passou mais tempo no cargo - seis anos e dez meses. Nesse período, conduziu as investigações de diversas operações, entre elas, a Lava Jato.
O advogado constitucionalista Tony Chalita destacou que esse tipo de mudança costuma gerar polêmica, mas é uma atribuição constitucional do presidente da República.
Na Lava Jato, Leandro Daiello formou uma força-tarefa com o juiz federal Sérgio Moro e o então procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em nota, o ministro da Justiça Torquato Jardim agradeceu pessoal e institucionalmente a Daiello pela competente e admirável administração da Polícia Federal.
O especialista Tony Chalita lembrou que, depois de sete anos à frente da Polícia Federal, o próprio Daiello já demonstrava sinais de cansaço.
O novo diretor do órgão, Fernando Segóvia, é advogado formado pela Universidade de Brasília, com experiência de 22 anos na corporação. Foi superintendente regional da PF no Maranhão e adido policial na África do Sul. Segóvia desempenhou também diferentes funções de inteligência nas fronteiras do Brasil.
Para o constitucionalista, a mudança não deve comprometer a autonomia da Polícia Federal.
Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal desejou sorte e sucesso a Fernando Segóvia e lembrou que uma das principais bandeiras da entidade é a escolha do delegado-geral por meio de lista tríplice.
A associação cobrou, ainda, a fixação de mandato para o cargo máximo da Polícia Federal, como forma de garantir a autonomia da corporação e o aprimoramento dos mecanismos de combate à corrupção.
* Matéria atualizada às 21h36 para acréscimo de informações e inserção de sonoras.
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