Publicado em 17/05/2018 - 07:48 Por Fabiana Sampaio - Rio de Janeiro
Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro, nessa quarta-feira (16), o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, reafirmou que não conhecia a vereadora Marielle Franco.
Ele admitiu que conhecia de vista o vereador Marcelo Siciliano, do PHS, mas afirmou que nunca conversou com ele.
Uma testemunha ouvida pela DH, que investiga o caso Marielle, acusou Curicica de articular, com o vereador, o assassinato da parlamentar.
O advogado de Orlando, Pablo Andrade, afirmou que o ex-policial militar se mostrou indignado com a acusação, mas que respondeu tranquilamente às perguntas, durante o depoimento, mesmo sem o acesso da defesa aos autos.
Andrade disse que ficou claro que a DH trabalha com outros suspeitos na investigação.
O depoimento foi tomado no presídio em Bangu, na zona oeste do Rio, onde Orlando está preso preventivamente.
Na segunda-feira (14), a Justiça do Rio autorizou a transferência dele para um presídio federal de segurança máxima fora do Rio, cuja localização ainda não foi divulgada.
Na terça-feira (15), a defesa de Orlando entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio para tentar reverter essa decisão.
De acordo com a Justiça, Curicica é apontado como principal líder de uma milícia em Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense.
O ex-PM é acusado, também, de participação no assassinato do ex-presidente da escola de samba Parque Curicica, Wagner Raphael de Souza, em 2015. O carro da vítima foi atingido por 12 tiros.
O assassinato de Marielle e do seu motorista Anderson Gomes completou dois meses, nesta semana, sem solução.