Publicado em 18/05/2018 - 19:45 Por Renata Martins - Brasília
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal desencadeou a Operação Espúrio com a expectativa de desarticular um esquema de fraude no INSS, em Belém, capital paraense. O Núcleo de Inteligência Previdenciária estima que o prejuízo seja de mais de R$ 2 milhões.
Quatro pessoas foram presas. A polícia também fez buscas em dois imóveis dos investigados. Entre os objetos apreendidos estão cartões bancários em nome de pessoas fictícias que os acusados usavam para receber os benefícios da Previdência.
As investigações tiveram início após denúncia de que correspondências do INSS chegavam nas casas dos investigados em nome de terceiros que não residiam nos locais.
Gisele Fonseca, delegada responsável da operação, relata que as investigações revelaram que os acusados faziam até declarações falsas de residência para as pessoas fictícias – chamados pela polícia de "cidadãos de papel".
“A pessoa que requer o benefício precisa juntar a documentação pessoal, inclusive comprovante de residência. Então ela juntou um comprovante de residência, uma conta da Celpa, por exemplo. Só que essa conta da Celpa estava no nome da investigada e ela declarou que a pessoa fictícia morava em sua residência. Nós fizemos perícia e detectou que partiu do punho da investigada a declaração", explicou ela.
A fraude foi identificada nos benefícios assistenciais do INSS concedidos a idosos com mais de 65 anos e a pessoas com deficiência.
Os investigadores ainda estão fazendo o levantamento da quantidade de benefícios fraudados, mas a Justiça Federal já determinou suspensão de 16 com fortes indícios de fraude.