Victor Ribeiro
A Procuradoria-Geral da República denunciou nessa quinta-feira o ministro do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, o filho dele, Tiago, e outras duas pessoas, por participação em um esquema de propina com o objetivo de direcionar julgamentos.
De acordo com a PGR, pai e filho praticaram tráfico de influência ao receber R$ 2,2 milhões em propina da empresa de engenharia UTC. Em troca, eles beneficiariam o grupo em dois processos relacionados à Usina Angra 3, que estão em análise no TCU.
Segundo a denúncia, o ministro Aroldo Cedraz usou manobras para atrasar o julgamento, como fazer pedidos de vista.
O pagamento da propina teria ocorrido de forma parcelada, do ano de 2012 até 2014. A denúncia é resultado de uma investigação que se baseia na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da UTC.
Além da condenação, a PGR pede também a devolução de R$ 4,4 milhões, referentes ao valor que teria sido negociado em propina, mais R$ 2,2 milhões por danos morais.
O Tribunal de Contas da União não vai se pronunciar sobre o assunto. Em nota, a defesa de Haroldo e Tiago Cedraz disse que recebeu a denúncia da PGR com surpresa e indignação. Afirmou que o delator mentiu e entrou em contradição de depoimento que deu origem ao inquérito.
E não apresentou provas da culpa do ministro do TCU e do filho que é advogado.
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