Publicado em 15/10/2018 - 15:18 Por Maíra Heinen - Brasília
O Brasil é um dos países com as mais altas taxas de hanseníase no mundo.
De acordo com dados do último boletim epidemiológico para a doença, do Ministério da Saúde, em 2016 foram notificados 25.218 casos novos. Uma taxa de detecção de 12,2 a cada 100 mil habitantes.
Esses parâmetros classificam o país como de alta carga para a doença, sendo o segundo com o maior número de casos novos registrados.
Em relação aos estados, Tocantins se apresenta como área hiperendêmica, ou seja, de altos índices. Dados do fim de setembro de 2018 já apontam 1.241 casos novos, mais de quinhentas ocorrências só na capital, Palmas. De acordo com a responsável pelo setor de Hanseníase da Secretaria Estadual de Saúde, Suen Oliveira, o estado está em segundo lugar em número de casos por cem mil habitantes, com os dados de 2017. Ela explica que o controle da doença no estado ainda pode demorar alguns anos.
De acordo com a Suen, o acompanhamento de pessoas que fizeram contato com quem já foi diagnosticado é um dos fatores essenciais para iniciar a diminuição dos índices da doença no estado.
A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias aéreas. Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade são os sintomas mais comuns. O Sistema Único de Saúde disponibiliza o tratamento contra a doença.