Publicado em 21/02/2019 - 09:29 Por Ícaro Matos - Rio de Janeiro
O segurança Davi Amâncio, que sufocou o Jovem Pedro Gonzaga dentro de uma loja do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, prestou novo depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, nessa quarta-feira (20).
Ele chegou ao local ainda durante a tarde, tentando esconder o rosto, e não falou com a imprensa.
Mas, ao final do depoimento que durou mais de cinco horas, o seu advogado André França Barreto conversou com os repórteres que aguardavam na frente da delegacia.
O defensor disse que o segurança manteve sua versão de que o incidente, que terminou com a morte de Pedro, começou após o jovem tentar pegar sua arma.
Também prestaram depoimentos, nessa quarta-feira, dois seguranças que presenciaram o episódio. Segundo o advogado André França Barreto, eles confirmaram a versão de Davi.
Essas declarações foram contestadas pela mãe de Pedro, Dinalva de Oliveira, e por clientes que estavam no supermercado na ocasião e que já prestaram depoimento à Polícia.
Já o delegado responsável pelo caso, Antonio Ricardo Lima Nunes, disse que, nesse momento não há motivos para prender Davi. Segundo o delegado, Davi se apresentou espontaneamente, não está coagindo testemunhas, nem destruindo provas, além de ter emprego fixo e endereço residencial conhecido.
Nunes também explicou que a possível mudança no indiciamento de Davi, de homicídio culposo, sem intenção de matar, para doloso, quando há a intenção, só será feita ao final do inquérito, se for o caso.
Se isso ocorrer, os outros dois seguranças que presenciaram o episódio e nada fizeram para impedir a ação de Davi também passarão a responder por homicídio doloso.
Por enquanto, a dupla foi indiciada apenas por omissão de socorro.