Leandra Felipe
O governo norte-americano emitiu um alerta para que cidadãos dos Estados Unidos reconsiderem viagens para a Nicarágua, devido a onda de violência em meio aos protestos e confrontos entre manifestantes e o governo de Daniel Ortega.
O país vive o quarto dia de protestos. Neste domingo, o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos afirmou que pelo menos 20 pessoas morreram. A polícia e o Exército atuam nas ruas do país, com protestos em 15 cidades, entre elas a capital, Manágua.
No comunicado, publicado na página da embaixada dos Estados Unidos na Nicarágua, o governo norte-americano diz que há muitos atos de violência e que a resposta, diante de tal emergência, tanto da embaixada como da parte das autoridades nicaraguenses "é extremamente limitada", afirmando que não pode garantir segurança de cidadãos norte-americanos.
Os protestos e a onda violenta começaram na quarta-feira contra a proposta de reforma da Previdência Social. O plano do governo do presidente, Daniel Ortega, é aumentar a contribuição e reduzir as pensões em 5%.
Após os protestos, Ortega afirmou que aceita começar um diálogo para analisar as reformas. O governo acusa os manifestantes de atos de vandalismo e destruição do patrimônio público. Mas, o movimento estudantil universitário, um dos líderes dos protestos, afirma que o governo atua de forma violenta e repressora, contra o direito de manifestação, enquanto diz que irá negociar.
O jornalista nicaraguense, Angel Ganoa, morreu ao ser atingido por um tiro no litoral do Caribe do país, enquanto transmitia ao vivo pela página do Jornal El Meridiano, onde trabalhava. O jornal confirmou a morte do repórter.
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