Lucas Pordeus León
Cai número de negros de 18 a 24 anos que estudam no Distrito Federal e 20% da população do DF não tem ensino fundamental completo.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), do IBGE, foi divulgada nesta sexta-feira e traz dados sobre a educação em todo o Brasil. No Distrito Federal, em 2017, o número de pardos e pretos de 18 a 24 anos que estudam apresentou uma queda de 42% para 35%.
Já a porcentagem de brancos que estudam nesta idade cresceu de 50% para 56%. A diferença entre brancos e negros de 18 a 24 anos que estudam, em um ano, saltou de 8 para 20%. Nesta idade, geralmente, a pessoa estaria na Universidade.
Pedro Franco, supervisor do IBGE do DF, acredita que o cenário de crise econômica reduziu a porcentagem de negros no Ensino Superior.
A pesquisa revela ainda que a taxa de escolarização no DF caiu 0,9%. Esse índice mede a porcentagem de pessoas estudando em relação a população total. No DF, a taxa de escolarização ficou em 29%. Ainda maior que a média nacional, que é de 27%.
Já os nem nem, que são as pessoas que nem estudam nem trabalham, caiu de 19,7 para 19,3%. Em todo o país, este número cresceu em 2017, de 21 para 23%.
Os dados do PNAD também revelaram que mais de 20% da população do Distrito Federal não completaram o ensino fundamental, antigo 1º grau. A moradora do Riacho Fundo 1, Elisandra Pereira de Souza, de 43 anos, conta que não conseguiu concluir o ensino porque precisou trabalhar.
Um em cada 5 moradores da cidade estão em condições parecidas a da Elisandra. Apesar disso, tem números mais positivos que a média nacional. No Brasil, 33% das pessoas não completaram o ensino fundamental, contra 20% no DF, que ainda registra 2,5% de analfabetos contra 7% da média nacional. O morador da capital do país tem, em média, 11 anos de estudo, já a média nacional é de 9 anos de estudo.
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