MPF quer acesso à delação de Cabral homologada no Supremo

Justiça

Publicado em 20/02/2020 - 11:22 Por Cynthia Cruz - Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal quer ter acesso à delação premiada feita pelo ex-governador Sérgio Cabral à Polícia Federal e homologada, com sigilo, pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. O pedido foi feito nessa quarta-feira (19), pelo procurador da República Almir Sanches, ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, que cuida dos casos da Operação Lava Jato no estado.


Sanches peticionou diretamente a Bretas, durante audiência em que foram ouvidas testemunhas de acusação ao ex-presidente da Fecomercio do Rio, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Orlando Diniz.

 

Bretas aceitou o pedido e peticionou ao STF para ter conhecimento da delação de Cabral.

 

A defesa do ex-governador, que estava presente à audiência, se negou a dar detalhes do acordo, dizendo que ele é sigiloso.

 

Embora ainda não tenha acesso ao conteúdo da delação de Cabral, o juiz já o trata como réu colaborador e na última audiência concedeu prerrogativas ao ex-governador, como ficar sentado de costas para a câmera que grava a sessão, privilégio só concedido aos delatores da Lava Jato.

 

As testemunhas de acusação confirmaram as informações, prestadas anteriormente, de que Orlando Diniz empregou na Fecomércio-RJ pessoas ligadas a Cabral, que não precisavam sequer ir ao trabalho, muitas atuando como verdadeiros funcionários fantasmas, ou então trabalhando diretamente para o ex-governador, como secretária ou chef de cozinha, mas recebendo pela Fecomércio-RJ.

 


A advogada Juliana Bierrenbach, que defende Diniz, acompanhou os depoimentos contra o seu cliente, mas ao final preferiu não comentar sua linha de defesa com os jornalistas presentes, dizendo que irá se manifestar somente ao longo do processo.

 

Diniz foi preso em fevereiro de 2018 na Operação Jabuti, que investigou desvios de dinheiro e a contratação de fantasmas na entidade, mas foi solto em junho do mesmo ano, pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

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