Congresso pode liberar medicamentos para emagrecer
Publicado em 22/02/2016 - 09:00 Por Priscilla Mazenotti - Brasília
A venda de medicamentos para emagrecer que contenham sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol poderá ser liberada.
A Câmara já aprovou o projeto que libera a produção e a comercialização dessas substâncias, assim como a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, mas o texto ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Casa.
Há cinco anos, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu o uso dessas substâncias. Três anos depois, um decreto liberou a comercialização, mas apenas para uso restrito e controlado, com a retenção da receita e assinatura de termo de responsabilidade de médico e paciente.
Agora, com o projeto na Comissão do Senado, a justificativa do relator, Otto Alencar (PSD), é de que é preciso garantir em lei a disponibilidade dos anorexígenos no Brasil, de forma a impedir que uma nova norma infralegal seja editada para retirá-los do mercado.
Mesmo assim, a medida é vista com uma certa preocupação por pessoas que usam ou já usaram esse tipo de medicamento.
É o caso da jornalista Flávia Moraes que, mesmo sem ter obesidade crônica tomou femproporex e anfepramona receitadas pelo médico.
Ela teve problemas no fígado e não conseguiu emagrecer o esperado.
O endocrinologista Fabiano Sandrini recomenda a prática de exercícios e uma dieta saudável como a receita ideal para quem quer perder peso.
Ele alerta que as substâncias para emagrecer devem ser apenas auxiliares no tratamento.
Os medicamentos deverão ser classificados como tarja preta e ter a venda condicionada à receita azul, aquela que fica retida com o farmacêutico.