Publicado em 26/03/2017 - 16:53 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro
O apoio à Operação Lava Jato foi a principal pauta do protesto realizado neste domingo em sete cidades do Rio de Janeiro, incluindo a capital. A manifestação na praia de Copacabana ocupou por cerca de três horas uma parte da pista junto à orla da Avenida Atlântica, que normalmente já é fechada aos domingos para área de lazer e, portanto, não houve interdições extras no trânsito. A fisioterapeuta Érica Masulo acredita que a indignação das pessoas com a corrupção tem que ser mostrada nas ruas.
A manifestação foi convocada pelos grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre, que foram os principais articuladores dos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, no ano passado. Como nas outras edições, as falas foram precedidas pela execução do hino nacional.
Desta vez, no entanto, o público foi visivelmente menor, mas a Polícia Militar não divulgou estimativas. A auxiliar administrativa, Ana Paula Gonçalves, acredita que o Congresso Nacional tem feito manobras para que deputados e senadores consigam se livrar de acusações de corrupção. E isso pode ter desmotivado a multidão que encheu os protestos no ano passado.
Nas camisas, adesivos e faixas há muitas menções elogiosas à atuação do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato. No local, era possível adquirir um boneco inflável do juiz vestido de super-herói.
Os manifestantes pediram também o fim do foro privilegiado e a rejeição da proposta que institui o voto em lista para o Poder Legislativo.
Já medidas polêmicas do governo Temer, que motivaram protestos organizados por outros grupos nos últimos dias como as reformas trabalhistas e previdenciária não foram mencionadas. Talvez pela divergência entre os próprios manifestantes. O aposentado Laurenio Cullig por exemplo discorda.
O protesto no Rio de Janeiro acompanhou um movimento nacional que realizou manifestações em mais de 120 cidades de acordo com os organizadores.