Publicado em 04/04/2017 - 12:10 Por Danyele Soares - Brasília
O julgamento da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer na eleição de 2014 foi adiado.
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral acolheram pedidos de novos depoimentos e deram mais 5 dias para as defesas apresentarem as alegações finais, após as testemunhas serem ouvidas. Com isso, o julgamento só deve ser retomado a partir de maio.
O ex-ministro Guido Mantega será ouvido como testemunha de defesa de Dilma. Já o marketeiros, João Santana, Mônica Moura, e André Santana, serão ouvidos a pedido do Ministério Público Eleitoral, já que os três assinaram acordo de colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
Para o relator, ministro Herman Benjamin, a solução do caso precisa ser definida logo, já que o processo tramita na Justiça Eleitoral há mais de 2 a nos.
O ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer é formada por vários processos. Em um deles, a lei dá o prazo de 5 dias para alegações finais. Em outro, que é chamado de “processo-mãe”, são 2 dias. A princípio, o relator seguiu este prazo, mas nesta terça-feira voltou atrás e concedeu mais tempo.
Para o advogado de Dilma, Flávio Caetano, o caso vai se prolongar ainda mais. Questionado se o relator saía derrotado, já que cedeu ao pedido da defesa, afirmou que o relator reconheceu um direito das defesas.
O advogado de Michel Temer, Gustavo Guedes, concorda que o processo já deveria ter sido julgado. E critica:
A ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer foi movida pelo PSDB e pela Coligação Muda Brasil, que teve como candidato a presidente o senador Aécio Neves. Eles afirmam que a chapa teria cometido abuso do poder econômico e político na campanha de 2014. Mas tanto Dilma quanto Temer negam as acusações.
* Matéria atualizada às 17h02 para complementação de informações e inserção de sonoras.