Publicado em 07/08/2017 - 09:24 Por Graziele Bezerra - Brasília
Parada desde maio na Câmara dos Deputados, a reforma da Previdência está pronta para ser discutida em plenário.
Entre outras alterações, o texto do deputado Arthur Maia, do PPS da Bahia, prevê mudança na idade mínima para a aposentadoria. Sessenta e dois para as mulheres e 65 para os homens.
Para o vice-presidente da câmara, deputado Fábio Ramalho, do PMDB de Minas, esse aspecto deve ser votado separadamente para ter uma aprovação mais rápida.
“Eu penso que a reforma da Previdência, neste momento, já falei isso com o presidente e tenho falado isso há mais de 90 dias. A reforma da Previdência, agora, tem que ficar na idade. Sessenta e cinco anos para homens e 62 para mulheres, com a transição, e que a gente passe para o próximo governo. Que ele [próximo governo] possa fazer a reforma que realmente necessita, mais discutida com toda a sociedade.”
Mas a ideia de fatiar a proposta desagrada a oposição. O líder do PT na Câmara, Carlos Zaratini, diz que desmembrar a discussão pode piorar a proposta que, na opinião dele, já é ruim.
“Se você aprovar a idade mínima, você tem que aprovar as regras de transição. As regras de transição estão num emaranhado que é necessário votar, também, outras questões. É uma coisa complicada e vai criar um verdadeiro monstro. Hoje, tem uma coerência, é um projeto muito ruim para o povo brasileiro, mas tem uma coerência. Querer fatiar vai, evidentemente, criar problemas jurídicos enormes.”
Para ser aprovada na Câmara, a matéria precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados, em dois turnos de votação. Depois a proposta segue para o Senado.