Publicado em 10/10/2017 - 19:49 Por Cynthia Cruz - Rio de Janeiro
O Ministério Público Federal denunciou mais uma vez o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O empresário Arthur Soares, o ex secretário de saúde Sérgio Cortes e mais 5 pessoas também foram denunciados.
Segundo o MPF, a partir das investigações das operações Calicute e Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi identificado um grande esquema criminoso que envolve corrupção, fraudes a licitação, cartel, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, liderado pelo ex-governador.
Arthur Soares, conhecido como rei Arthur e foragido da Justiça, de acordo com o processo, pagou 10 milhões de dólares, mais de R$ 30 milhões a Cabral para ter ter privilégios em contratos com o Estado. O empresário também é acusado de intermediar a compra de voto para que o Rio sediasse os jogos em 2016.
O ex-secretário Sérgio Côrtes , outro denunciado, também teria recebido propina para facilitar a ação do empresário na área de saúde, possibilitando contratos bilionários direcionando as licitações, em troca de um percentual de propina de cerca de 5% para os agentes públicos.
Os outros apontados pelo Ministério Público Federal de participação no esquema criminoso são o ex-doleiro de Sérgio Cabral e delator no processo, Renato Chebar., a sócia de Arthur Soares, Elaine Cavalcante, e ex sócio de Cabral Carlos Miranda.
Enrico Vieira Machado e Leonardo Aranha teriam atuando como facilitadores nas transferências por meio da instituição financeira EVG, sediada no paraíso fiscal.
Em setembro último, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi condenado a 45 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Calicute.
Outras 11 também foram condenadas, incluindo a ex primeira dama Adriana Ancelmo, em sentença proferida pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal.