Publicado em 22/11/2017 - 16:57 Por Cynthia Cruz - Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, preso nesta quarta-feira junto com a mulher, Rosinha Matheus, em nota divulgada, afirmou que vem sendo vítima de perseguição desde que denunciou o esquema do também ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do estado.
Com o título “Querem Calar o Garotinho mais uma vez”, a nota destaca que o pedido de prisão é assinado pelo mesmo juiz que o levou para cadeia no ano passado, Glaucenir de Oliveira, logo após ele ter feito denúncias contra o Judiciário do estado.
Sustenta, que não cometeu qualquer crime e afirma que foi alertado por um agente penitenciário que em um encontro entre Sérgio Cabral e o deputado estadual Jorge Picciani, o parlamentar teria ameaçado a vida dele.
Garotinho foi levado para o quatel do Corpo de bombeiros no Humaitá, na zona sul carioca e não para a cadeia pública em Benfica, na zona norte, onde estão Cabral e Picciani.
Já Rosinha foi levada para um presídio feminino em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
A AMAERJ – Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro também divulgou nota manifestando apoio ao juiz eleitoral de Campos dos Goytacazes, citato por Garotinho .
Segundo o comunicado, várias vezes o ex-governador fez acusações sem provas contra integrantes do Judiciário fluminense, mistura fatos e personagens e que o objetivo de Garotinho é confundir o público, se vitimizar e desviar o foco do processo judicial, que resultou em sua nova prisão.
Garotinho é acusado de liderar esquema de contratos fraudulentos para financiamento de campanhas eleitorais dele e de seu grupo político.