Publicado em 26/07/2019 - 09:24 Por Kariane Costa - Brasília
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, confirmou que foi alvo da atuação de hackers.
Segundo Noronha, o fato foi comunicado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Na nota divulgada à imprensa, o ministro afirma que Sérgio Moro informou que o material obtido vai ser descartado para que a intimidade de ninguém seja devassada.
A Policia Federal (PF) também divulgou nota informando que, por enquanto, o conteúdo das mensagens será preservado pois é parte de diálogos privados, obtidos por meio ilegal e que cabe à Justiça definir o destino do material.
A destruição é uma das opções, informa o comunicado. A PF esclareceu ainda que as investigações não têm como objeto a análise das mensagens.
De acordo com a Polícia Federal, as quatro pessoas presas na terça-feira (23), sob a acusação de invasão do celular de Moro, também teriam roubado dados de mil vítimas, entre elas autoridades do Legislativo, Judiciário e do Executivo.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse, em nota, que recebeu com indignação e repulsa a noticia que seu celular foi 'hackeado' . E lembrou da CPI Mista do Congresso Nacional que vai investigar notícias falsas, as fake news.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, informou que não utiliza o aplicativo Telegram e que teve conhecimento de um suposto hackeamento pela imprensa.
O presidente do STF, Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também teriam seus telefones invadidos pelos hackers.
Dois partidos divulgaram nota. O Democratas, que anunciou a expulsão de Walter Delgatti Neto, um dos supostos hackers presos e filiado a legenda. E o Partido dos Trabalhadores, que negou informação dos advogados de dois hackers presos pela Policia Federal, de que havia interesse em vender o conteúdo das interceptações para o PT.