Dayana Vítor
Sete pessoas que participavam de suposto esquema de rachadinha nos gabinetes da ex-deputada Telma Rufino, do PROS, e do deputado Hermeto, do MDB, foram indiciadas pela Polícia Civil. Quatro são funcionários da Câmara Legislativa.
Eles vão responder por crimes contra a administração pública e organização criminosa. Não há provas do envolvimento dos parlamentares.
A rachadinha é quando uma pessoa é obrigada a repassar parte do salário em troca da função, e pode ou não envolver a contratação de funcionários fantasmas. No caso investigado, os funcionários recebiam, no papel, cerca de R$7 mil, mas na prática o valor era bem menor.
Nesta segunda-feira, agentes foram às ruas na segunda fase da Operação Escalada e coletaram documentos no Gama e em Brasília para incluir no inquérito.
As investigações revelaram que o ex-chefe de gabinete de Telma Rufino, Deivid Lopes Ferreira, seria o chefe do esquema criminoso. Ele teria indicado cinco servidores para os gabinetes de Telma e Hermeto, sendo que todos os nomeados repassavam a maior parte dos salários para Deivid.
O delegado da Divisão de Repressão ao Crime Organizado, Adriano Valente, detalha como Deivid atuava. O delegado-chefe da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, Leonardo de Castro, ressalta que esquemas parecidos em outros gabinetes estão sendo investigados.
Em nota, a assessoria da ex-deputada Telma Rufino afirmou que não vai se manifestar sobre a operação, porque Deivid, apesar de ter trabalhado para ela, foi indicado pelo titular do mandato, deputado Fernando Fernandes. Já o parlamentar, negou que tenha indicado o suspeito, e disse que o exonerou assim que voltou à Câmara no dia 13 de novembro.
Em nota, o deputado Hermeto afirmou que não existem rachadinhas em seu gabinete. Também que confia na justiça para esclarecer os fatos. Entramos em contato com a defesa de Deivid Lopes Ferreira, mas não recebemos nenhum posicionamento.
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