Brasileiros na Itália falam do cotidiano com coronavírus

Covid-19

Publicado em 11/03/2020 - 21:44 Por Bruna Saniele - Itália

O café da vizinhança que estava sempre cheio, agora não tem duas mesas ocupadas, um quarto das pessoas que estão no supermercado usam máscaras e um vidro separava o atendente da farmácia italiana de Florença da brasileira Analice Baldo, 40 anos, quando ela explicava para a reportagem da Agência Brasil a mudança na sua rotina, após o país europeu ampliar os cuidados em decorrência da pandemia de Coronavírus.



Na última semana, em uma passagem pelo supermercado, Analice viu prateleiras vazias. Entre os itens que mais sentiu falta estavam papel higiênico, molho de tomate, massas e frango. A situação pareceu se normalizar, mas novamente nesta quarta-feira (11), artigos de primeira necessidade estavam em falta.

 


No último dia 8, a Itália começou a adotar medidas drásticas para tentar conter o vírus. O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou decretos que estabelecem que as pessoas precisam de uma autorização especial para circular e viajar.

 

O primeiro-ministro anunciou igualmente o fechamento de escolas, ginásios, museus, cinemas e clubes noturnos e outros espaços públicos. Analice se mudou para a Itália com o marido e os dois filhos, de uatro e 13 anos, em agosto. Ela não pretende retornar ao Brasil, sua casa está na Itália e os filhos frequentam a escola no país.

 

Está segura da qualidade da saúde pública italiana e entende a urgência das medidas tomadas pelo país, mas diz que toda essa situação a deixou um pouco angustiada. Anna Carolina Martins, 26 anos, é uma estudante de mestrado brasileira que mora em Roma desde os 17 anos. Segundo ela, sua rotina se resumia em estudar e escrever tese na Biblioteca Nacional em Roma, onde ia a pé, por morar no centro da cidade.


 

O arquiteto Matheus Bastos, de 26 anos, mora em uma cidade de cerca de 10 mil pessoas próxima a Gênova. Por morar sozinho e não conviver com idosos no país continua trabalhando normalmente. E mesmo fora dos grandes centros, com um dia a dia de poucos eventos sociais, sem utilizar transporte público porque se locomove de bicicleta, percebeu mudanças no comportamento das pessoas.



A Itália tem o maior número de casos do novo coronavírus da Europa e é o terceiro país com mais casos, perdendo apenas para a China e a Coreia do Sul.

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