Publicado em 16/07/2018 - 12:33 Por Raquel Júnia - Rio de Janeiro
Apesar de uma alta de 0,93%, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de julho fechou com um percentual menor do que junho, quando registrou acréscimo de 1,86%.
O IGP-10 mostra as variações de preços de diversos índices, de matérias-primas agropecuárias e industriais, de produtos intermediários e de bens e serviços finais, no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o 10º dia do mês corrente.
Com o resultado de julho, o IGP-10 acumula alta de 6,07% ao ano e 8,06% em 12 meses.
Os dados revelam a alta dos preços neste ano, já que em julho de 2017 o índice caiu 0,84% e acumulava queda de 1,79% em 12 meses. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (16), pela Fundação Getulio Vargas (FV).
Os dados captam os impactos da greve dos caminhoneiros, no final de maio, e a consequente redução do preço dos combustíveis nas variáveis que compõem o IGP-10.
Houve queda no Índice de P reços ao Consumidor Amplo (IPCA) , que variou de 2,50%, em junho, para 0,99%, em julho.
A redução de preços no subgrupo combustíveis para o consumo, de 9,37% para -1,64% foi o que mais influenciou no resultado.
O setor de combustíveis e lubrificantes para produção também foi a principal influência no grupo bens intermediários, cuja taxa passou de 7,10% para -0,29%. Se for retirado este setor da medição, o grupo apresenta alta de 2,40%.
O índice matérias-primas brutas foi -0,42%, em julho, contra 2,94%, em junho. Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens: milho em grão (6,61% para -6,35%), minério de ferro (4,68% para -1,16%) e soja em grão (1,23% para -3,57%).
Em um movimento contrário, subiram as aves (14,47% para 18,24%), os bovinos (-1,52% para 0,43%) e os suínos (1,61% para 8,81%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma pequena diferença em julho na comparação com junho, passando de 0,74% para 0,78%.
Quatro das oito classes de despesas tiveram aumento de preços, com destaque para habitação, puxado principalmente pela tarifa de eletricidade residencial.
Apresentaram preços menores as classes alimentação, com destaques para o recuo dos preços das hortaliças e legumes, após a alta de junho, influenciada também pela greve dos caminhoneiros, além de vestuário, saúde e cuidados pessoais e transportes.
Por fim, o ultimo índice que compõe o IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu, passando de 0,36%, em junho, para 0,92%, em julho, com destaque para materiais, equipamentos e serviços, que subiu de 0,33% para 1%.
O custo da mão de obra registrou alta de 0,86% frente aos 0,38% no mês de junho.