Publicado em 30/04/2019 - 15:56 Por Tatiana Alves - Rio de Janeiro
Um seminário para avaliar os desafios para a Previdência e a proteção social no Brasil foi realizado nesta terça-feira (30), na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, e transmitido por videoconferência para o Rio de Janeiro.
Foram discutidos temas como o Regime Geral de Previdência Social e os principais argumentos a favor da reforma no país.
O presidente do instituto, Carlos von Doellinger, ressaltou o papel do Ipea no auxílio das discussões previdenciárias, bem como os principais projetos de reforma.
Um dos assuntos abordados foi a mudança do Regime Geral de Previdência. A proposta é completamente diferente do modelo atual, conhecido como sistema de repartição, no qual o trabalhador contribui para garantir os benefícios de quem já se aposentou.
Segundo o Governo Federal, esse modelo levou a um déficit de R$ 266 bilhões ao país, no ano passado.
A proposta é transformar o atual modelo em um sistema de capitalização, onde cada trabalhador tem uma conta, numa espécie de poupança individual, na qual o contribuinte pode definir o quanto quer receber de aposentadoria, a partir de um plano de contribuições.
Sobre os principais motivos para apoiar a reforma Previdência, o coordenador setorial para Desenvolvimento Humano e Pobreza do Banco Mundial, Pedro Olinto, argumenta que o Brasil precisa de um ajuste fiscal para crescer de forma sustentável.
Segundo ele, as altas taxas de envelhecimento, aliadas à crescente redução nos índices de fertilidade da população contribuem para a urgência de mudanças.
De acordo com dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, que também participou do encontro, a previsão é que em 25 anos a população idosa dobre no país. O índice é menor do que a média para o Continente Latino-Americano, de 28 anos.