Dívida pública fecha 2019 em R$ 4,2 trilhões

Ajuste fiscal

Publicado em 29/01/2020 - 11:58 Por Victor Ribeiro - Brasília

A dívida pública fechou o ano passado em mais de R$ 4,2 trilhões. O valor é recorde e foi 9,5% maior que o de 2018. Para este ano, a expectativa é que a dívida fique entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,7 trilhões, o que significará um novo recorde.

 

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, vê com otimismo o resultado.

 

Sonora: “A gente terminou o ano numa situação muito melhor do que nós esperávamos. A gente ainda está no meio de um ajuste fiscal, ele não está completo. Apesar do governo ainda ter as contas no vermelho, a gente teve uma trajetória muito positiva da dívida pública”.

 

Nos últimos anos, o governo gastou mais do que arrecadou. Isso é a dívida pública. Para ajudar a fechar as contas, o Tesouro Nacional emitiu títulos públicos, que são vendidos no mercado financeiro.

 

A maior parte dos títulos que vencem até o fim deste ano tem rendimento prefixado, ou seja, um valor fixo, definido no momento da compra.

 

Outros são flutuantes e rendem de acordo com a variação da inflação ou da taxa básica de juros, a Selic. Com a inflação e a Selic em trajetória de queda, os investidores tinham dado preferência a títulos prefixados.

 

A expectativa com o aquecimento da economia e o consequente aumento da Selic e da inflação, provocou aumento na procura por títulos flutuantes. A partir do ano que vem, eles devem ter grande participação entre os títulos que vencem. O secretário Mansueto Almeida avaliou que o desafio do governo é conseguir pagar esses títulos e incentivar o mercado a voltar para os prefixados, que demoram mais tempo a vencer.

 

Sonora: “A gente um vencimento total de R$ 808 bilhões em títulos que vão vencer em 2020, 61% deles são prefixados e apenas 21% são flutuantes. O grande desafio pra gente mudar a estrutura da dívida pública para a direção de títulos pré-fixados é a partir de 2021”.

 

Mansueto Almeida destacou que as prioridades econômicas do governo no Congresso Nacional são as propostas de independência do Banco Central; a PEC Emergencial, que define uma série de novos cortes de despesas na administração pública; e a Reforma Tributária.

 

O secretário do Tesouro Nacional acrescentou que a equipe econômica está preocupada com a situação das contas fluminenses. Se o governo do Rio de Janeiro não conseguir pagar até o fim do ano as dívidas que contraiu com os bancos, o valor deverá ser quitado pela União que, em troca, assumiria o controle da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio (Cedae).

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