Rio de Janeiro possui apenas 30% da Mata Atlântica original
Publicado em 14/05/2015 - 16:20 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro
A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou nesta quinta-feira (14) um atlas com informações atualizadas sobre a situação do bioma no estado do Rio de Janeiro. O levantamento, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Impe), pela primeira vez mapeou áreas remanescentes a partir de um hectare.
Com isso, foi possível identificar, nas imagens obtidas por satélite, áreas onde a Mata Atlântica está em estágio inicial de recuperação e não somente regiões de mata nativa onde a vegetação é mais densa.
A fundação verificou que a degradação diminuiu no estado do Rio de Janeiro, que hoje possui 30% de seu bioma original. A diretora executiva da fundação, Márcia Hirota, explica que o ideal é evitar que os recursos atuais se percam, já que a recuperação de áreas degradadas requer muito investimento.
Na capital do estado, a Mata Atlântica também remanesce em quase 30% de sua área original. O município fluminense onde o bioma está mais preservado é Parati, com 76%. A fundação e o Impe também fizeram medições ao longo das bacias hidrográficas responsáveis pelo abastecimento do estado e verificaram que apenas 26% da vegetação no entorno do rio Paraíba do Sul está preservada.
Já na bacia do Guandu, que abastece a região metropolitana do Rio, mais de 60% da vegetação nativa ainda resiste. Em tempos de crise no abastecimento, Márcia explica a importância da preservação nesses locais.
A pesquisa analisou ainda a situação das unidades de preservação do Rio de Janeiro, que cobrem uma área de aproximadamente um milhão de hectares, que equivale a 40% da superfície total do estado. Destacam-se o Parque Nacional da Tijuca, com 98% de área preservada e o Parque Estadual de Desengano, onde esse índice também chega perto de 100%.