Publicado em 12/05/2019 - 15:52 Por Carol Barreto - Rio de Janeiro
A queda de dois prédios no Condomínio Figueiras do Itanhangá, na Muzema, em Jacarepaguá, resultou na morte de 24 pessoas, no dia 12 de abril, na semana em que um temporal atingiu a cidade.
A Justiça decretou a prisão preventiva de três acusados de serem os responsáveis pela construção e venda dos imóveis na comunidade, mas eles continuam foragidos.
A prefeitura começou a demolição de dois, de um total de 12 prédios que ficam nas proximidades, com risco de desabamento. O trabalho é lento porque está sendo feito de forma manual, sem o uso de explosivos que poderiam comprometer a estrutura de outros prédios.
Na última sexta-feira (10), o Tribunal de Justiça negou pedido de habeas corpus para Renato Siqueira Ribeiro, um dos acusados de participar da compra e venda de imóveis nos prédios que desabaram na Muzema.
Na decisão, o desembargador Claudio Tavares de Oliveira Junior afirma que o pedido de prisão “encontra-se suficientemente fundamentado e não se mostra passível de ser cassado ou reformado”.
Nenhuma das 61 famílias que foram atendidas pela Prefeitura do Rio, no dia da tragédia, recebeu aluguel social. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, nenhuma delas têm o perfil socioeconômico necessário para receber o aluguel social.
As vítimas acabaram optando por ficar em casas de amigos e parentes e não procuraram, até o momento, o auxílio da Defensoria Pública para encaminhar qualquer demanda.