Publicado em 05/08/2019 - 15:20 Por Sayonara Moreno - Brasília
Alegando atraso de pagamentos, médicos do ICEA, Instituto de Cirurgiões do Estado do Amazonas, suspenderam o serviço, parcialmente, desde o último sábado (3), por tempo indeterminado.
A decisão da entidade motivou, inclusive, um plano de ação do governo do Estado.
O ICEA alega que a SUSAM – a Secretaria de Saúde do Amazonas, mesmo realizando pagamentos este ano, ainda deve à entidade o equivalente a cinco meses de repasse.
Segundo o presidente do Instituto, José Francisco, os cirurgiões da entidade só devem normalizar o atendimento, se a Secretaria fizer o pagamento de, pelo menos, dois meses atrasados. Mas, ele garante que o atendimento emergencial vai ser mantido.
Segundo José Francisco, os serviços de emergência serão mantidos nos grandes prontos-socorros como Platão Araújo, João Lúcio e 28 de Agosto. Também vai ser normal, nos prontos-socorros infantis, nas maternidades e Cecon.
Por conta da paralisação, a Secretaria de Saúde elaborou um plano de ação para tentar diminuir os problemas à população.
No caso das UPAS e dos serviços de pronto atendimento, os pacientes serão remanejados para outras unidades, caso necessário.
O Samu foi orientado a encaminhar pacientes aos prontos-socorros onde há cirurgião de plantão.
Além disso, a Secretaria de Saúde informa que qualquer falta de atendimento deve ser comunicada ao Ministério Público, para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis.
Segundo o governo do Amazonas, a paralisação contraria uma liminar da Justiça do Estado. Por isso, a Procuradoria Geral do Estado, acionou, novamente, a Justiça para que avalie a situação.
Em relação ao atraso de repasses que os cirurgiões alegam, a Susam informou que os pagamentos deste ano estão sendo feitos regularmente, incluindo os referentes ao ano passado. A Secretaria menciona, ainda, que as despesas de 2016, 2017 e 2018 passam por auditoria. No total, a Susam alega ter pago, este ano, mais de R$ 25 milhões.
Sobre a dívida relacionada ao mês de maio deste ano, mencionada pelo presidente do Instituto, a Susam confirmou essa pendência, no valor de R$ 4 milhões e informou que esse valor deve ser pago nos próximos dias.