Publicado em 29/09/2019 - 10:39 Por Renata Martins - Brasília
Em nota divulgada na tarde deste sábado (28), o novo procurador-geral da República, Augusto Aras, considerou inaceitáveis as atitudes divulgadas no noticiário a respeito de um de seus antecessores.
O ex-procurador geral da República Rodrigo Janot afirmou em entrevista à Revista Veja, nessa quinta-feira (26), que chegou a ir armado com um revólver ao STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. O fato teria ocorrido 2017.
Augusto Aras também defendeu o Ministério Público Federal. O atual procurador-geral disse confiar em seus colegas, que ele chamou de homens e mulheres dotados de qualificação técnica. Afirmou ainda que os erros de um único ex-procurador não têm o condão de macular o MP e seus membros.
O ministro Gilmar Mendes criticou o modo de escolha do procurador-geral.
Na avaliação de Gilmar, pessoas sem qualificação jurídica, moral e psicológica são escolhidas para o cargo. A declaração foi dada depois do episódio com Rodrigo Janot – ao qual chamou de facínora.
Nessa sexta-feira (27), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, suspendeu o porte de arma de Janot e proibiu o ex-procurador de se aproximar de integrantes da Suprema Corte ou de entrar nas dependências do tribunal.
Durante buscas em Brasília, também autorizadas pelo STF, a polícia federal apreendeu uma pistola de propriedade do ex-procurador, em Brasília.
Rodrigo Janot ainda não se pronunciou sobre as decisões do ministro Alexandre de Moraes, nem sobre a nota da PGR.
A Associação Nacional dos Procuradores da República condenou as buscas e apreensões na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para a associação, os mandados foram emitidos em uma "investigação inconstitucional" sobre supostas ofensas e divulgação de fake news contra integrantes da Corte, que foi contestada quando aberta, em março.