Greve de policiais militares no Ceará chega ao fim

Proposta aceita

Publicado em 02/03/2020 - 16:54 Por Dayana Vitor - Brasília

Após 13 dias parados, os policiais militares do Ceará voltaram ao trabalho. Em assembleia realizada nesse domingo eles aceitaram a última proposta enviada à categoria, e assinaram o acordo em cerimônia no Ministério Público estadual nesta segunda-feira.


O texto prevê a revisão da proposta de reajuste salarial que elevaria a remuneração inicial de R$ 3,4 mil para R$ 4,5 mil até março de 2022. E o compromisso de analisar a situação de cada policial que aderiu ao movimento - mas não seria a anistia, que é um tipo de perdão.


O governador do estado, Camilo Santana, garantiu que apesar da punição dos grevistas, os direitos serão respeitados.


“Ao final desse lamentável episódio, reafirmo que todos os processos abertos contra pessoas que infringiram a lei serão conduzidos respeitando processo legal, sem possibilidade de anistia para quem praticou crimes e ameaçou a segurança da nossa população. Ninguém está acima da lei”.


O acordo aceito pelos PMs foi elaborado por uma comissão com membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Um dos integrantes dessa comissão, o deputado estadual Evandro Leitão acredita que os policiais resolveram voltar ao trabalho devido ao clamor da população, que estava com medo do aumento da violência.

 

“O clamor dos nove milhões de cearenses, que estavam em um momento de aflição, sem a ordem pública ser reestabelecida, sem segurança. Temos várias pessoas que perderam avida, e isso fez com que as pessoas do movimento se sensibilizassem e tivessem a percepção de que seria necessário o retorno às atividades normais”.


Com o início da greve dos policiais militares em 18 de fevereiro, o número de crimes violentos aumentou no Ceará. Foram episódios diários de tensão. Em 19 de fevereiro, o senador Cid Gomes levou dois tiros ao tentar entrar em um quartel em Sobral dirigindo uma escavadeira.


Em apenas uma semana, o número de mortes foi de, pelo menos, 170. Os cearenses conviviam também com o temor de outros crimes, como os assaltos.


Para tentar diminuir a violência nas ruas durante a paralisação dos militares, cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública foram enviados ao estado no dia 20 de fevereiro.

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