Publicado em 09/07/2020 - 14:32 Por Solimar Luz - Rio de Janeiro
O Ministério Público do Rio de Janeiro e Polícia Civil, com apoio da corregedoria da Polícia Militar, realizaram nesta quinta-feira (9) operação contra a milícia, na zona oeste carioca.
A Operação, batizada de Porto Firme, contou com o apoio de cerca de 200 policiais, para cumprir 16 mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, a pedido do MP. Também havia 51 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo, que age na região de Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste.
Dois policiais militares foram alvo da força-tarefa, acusados de fazer parte da organização criminosa. Entre eles, o oficial da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, também conhecido como Capitão Leo. Em escutas telefônicas, autorizadas pelo Judiciário, o oficial é apontado como chefe do grupo de narcomilicianos.
Além dele, segundo as investigações, cabia a outro policial militar, o cabo Fernando Mendes Alves, conhecido como Biro, garantir a proteção dos demais integrantes do grupo.
De acordo com o promotor de Justiça Walter Santos, do Grupo de atuação Especial de combate ao Crime Organizado, as investigações tiveram início após a morte de Marcus Vinícius Calixto, que teria recebido a sentença por “contrariar interesses dos criminosos”.
o delegado Antônio Ricardo Nunes, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que também participou da ação desta quinta-feira, deu detalhes sobre a atuação do grupo criminoso.
Ele afirmou que , “a principal diferença dessa organização é que, além de cometerem os crimes tradicionais de milícia, como extorsões, ameaças e homicídios, também praticava o crime de tráfico de entorpecentes"
Os investigadores apontam que o grupo é conhecido na região pela extrema violência. Até o fechamento desta matéria, de acordo com informações da Polícia Civil, cinco mandados de prisão já tinham sido cumpridos.
*Reportagem atualizada às 15h40 para correção de informação.