Oposição diz que renúncia de Cunha é jogada política
Publicado em 08/07/2016 - 07:37 Por Victor Ribeiro - Brasília
A saída do deputado Eduardo Cunha, do PMDB, da presidência da Câmara dos Deputados tornou-se oficial quando o primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur, do PRB, leu a carta da renúncia em plenário.
Mansur foi um dos aliados de Cunha que sugeriu a renúncia e se emocionou ao comentar a decisão. Ele disse que não foi uma leitura que gostaria de fazer.
Outro fiel a Cunha, o deputado Carlos Marun, do PMDB, afirmou que a renúncia foi um "gesto de grandeza" e teve como objetivo trazer os trabalhos na Câmara de volta à normalidade.
O deputado Chico Alencar, do PSOL, classificou a renúncia como uma jogada e usou a música "Drama", de Maria Bethânia, para se referir ao momento em que Eduardo Cunha chorou ao ler a carta de renúncia.
O deputado Henrique Fontana, do PT, acredita que a saída visa eleger um aliado de Cunha. Para Fontana, Cunha entrará para história como o pior presidente da Câmara.
Miro Teixeira, da Rede, espera que o próximo presidente consiga recuperar a confiança da população na Câmara dos Deputados.
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, do Partido Progressista, marcou para a próxima quinta-feira (14) a eleição do novo presidente da Casa.
Mas, na noite dessa quinta-feira (7), o Colégio de Líderes decidiu antecipar a escolha para terça-feira (12).