Temer é o primeiro a votar em seção de São Paulo
Publicado em 02/10/2016 - 17:11 Por Eliane Gonçalves - São Paulo
Até o final da manhã de domingo (2), os candidatos que concorreram no primeiro turno à prefeitura de São Paulo já tinham registrado seus votos nas urnas. Quem também votou cedo foi o presidente da República, Michel Temer.
Ele vota na PUC paulistana, Zona Oeste da cidade, e chegou no local antes mesmo da abertura das urnas, às 7 horas e 52 minutos - e foi o primeiro em sua seção. Temer chegou acompanhado apenas pelos seguranças, cumprimentou os mesários, registrou o voto na urna eletrônica e deixou o local sem dar entrevistas.
O presidente votou antes do horário previsto. A assessoria da presidência da república anunciou que Temer chegaria às 11 horas da manhã e não soube explicar os motivos que levaram o presidente a antecipar a agenda.
No sábado, estudantes universitários anunciaram que estavam organizando um protesto contra Temer no local. Mas, com a antecipação, não havia estudantes mobilizados e não houve registro de manifestação.
Quem também esteve em São Paulo nesse domingo foi o presidente do TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes. Ele acompanhou a votação paralela, o sistema de auditoria nas urnas eletrônicas que certifica a segurança das urnas.
Na véspera das eleições, cinco urnas foram sorteadas e retiradas das seções eleitorais, uma urna na capital paulista e outras quatro de municípios do interior.
Os equipamentos computaram votos de crianças que foram registrados em cédulas, e auditores externos acompanharam durante o dia a inclusão desses votos nas urnas eletrônicas. Para Gilmar Mendes, o pleito paralelo atesta a confiança no sistema eleitoral brasileiro.
Para Gilmar Mendes as eleições de 2016 foram marcadas por casos de violência, como em Itumbiara, Goiás, onde um candidato a prefeito foi morto a tiros dias antes das eleições. Segundo o ministro, foram autorizados mais de 400 pedidos de ajuda à Força de Segurança Nacional para garantir a segurança das eleições.
Em todo o país, cabos eleitorais e até candidatos foram presos pela prática de boca de urna e propaganda eleitoral fora de época. Na capital paulista quem também enfrentou problemas foram os eleitores que votavam em uma escola na zona leste da cidade.
Em função de um pequeno incêndio no sábado todas as seções na escola foram transferidas para uma faculdade, a cerca de 3 quilômetros de distância. Desavisados, eleitores chegaram e encontraram cartazes informando da mudança.
Para facilitar aos eleitores, um esquema de transporte foi montado pela Justiça Eleitoral para levá-los ao novo local de votação.