Publicado em 21/08/2017 - 09:50 Por Graziele Bezerra - Brasília
Uma nota publicada na internet pelo vereador Mário Covas Neto, do PSDB de São Paulo, estremeceu as relações no partido.
Criticando a reunião do senador Aécio Neves (PSDB-MG) com o presidente Michel Temer, na última sexta-feira (18), o vereador afirmou que a presença de Aécio em reuniões internas ou públicas causa desconforto e embaraços à legenda.
Mário Covas Neto completou a provocação cobrando que o senador primeiro prove a sua inocência e só depois retorne ao partido.
Por fim, disse que quem pode falar em nome do PSDB é quem está no exercício da presidência. No caso, o senador Tasso Jereissati.
Em outra nota, o presidente do Diretório Estadual do PSDB paulista, deputado Pedro Tobias, discordou do posicionamento de Mário Covas Neto e disse que, como senador eleito por Minas Gerais, Aécio tem o dever de exercer na plenitude o seu mandato.
Em seu perfil no Twitter, o presidente Michel Temer disse que recebeu o senador Aécio Neves para tratar de assunto relacionado com a Companhia de Energia de Minas (Cemig). Disse, ainda, que não existe nada mais normal que senadores tratem dos assuntos de interesse de seus estados.
O presidente escreveu que não entra em assuntos internos de outras legendas, não fez, e nem o faria em relação ao PSDB.
Aécio Neves confirmou, por meio de nota, que o encontro com Temer tratou de assuntos de interesse da Cemig.
O senador negou que tenha discutido questões internas do PSDB, que esses temas são discutidos internamente, e não tem qualquer participação do governo ou do presidente.
Aécio foi afastado do Senado em maio, depois de denúncias de recebimento de propina do Grupo JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O senador retornou às atividades parlamentares em junho, depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal.