Na Trilha da História: A trajetória de Elis Regina, uma das vozes mais poderosas do Brasil

Na Trilha da História

Publicado em 02/08/2017 - 13:44 Por Apresentação Isabela Azevedo - Brasília

Olá, eu sou Isabela Azevedo, está começando o Na Trilha da História. Hoje, nós vamos falar sobre Elis Regina. A gaúcha de 1,53 cm foi uma das maiores, se não a maior, cantora do Brasil. O entrevistado será o jornalista Júlio Maria, biógrafo dela e autor do livro Nada será como antes.

 

Elis Regina Carvalho Costa nasceu no dia 17 de março de 1945, em Porto Alegre. Cresceu em um bairro de classe média, ouvindo pelo rádio grandes vozes da música brasileira.

 

Sonora: “A Elis ouvindo recebendo música pela Rádio Nacional. Então, os ídolos da Elis eram Cauby Peixoto, que ela sempre citava isso, a importância do Cauby quando ela era criança, e a Ângela Maria, que vão os dois moldar a voz da Elis Regina.”

 

E é no rádio que Elis começa a carreira.

 

Sonora: “Então, Elis vai para a rádio Farroupilha e, depois, ela é descoberta pela Rádio Gaúcha. Então, duas rádios já disputam Elis Regina quando tem ela 15, 16 anos.”

 

Elis gravou o primeiro disco aos 16 anos de idade. E, antes mesmo de completar os 20 anos, ela já morava no Rio de Janeiro e sustentava a família.

 

Sonora: “Fazendo show no beco das garrafas, ganhando muito pouco ainda. Mas já carregando esse peso de levar a família nas costas. E aí que ela começa a se armar para o mundo. Porque, depois, todo mundo fala que ela era muito intempestiva, imprevisível, bipolar. Mas eu acho que a Elis começa a se armar nesse momento. A paz da Elis começa a acabar quando ela tinha 15 anos.”

 

Dona de uma voz poderosa, Elis tinha uma afinação impecável, improvisava uma melodia inquieta, transitava entre a técnica e a emoção com maestria.

 

Sonora: “Porque a Elis tinha uma cabeça de músico. Ela era uma cantora, mas pensava como uma instrumentista, como se fosse uma trompetista, uma baterista. Cantando, ela fazia divisões na voz para dialogar com o baterista, por exemplo. Ou ela usava o recurso na voz como se ela fosse o trompete.”

 

Elis Regina ficou conhecida pelo gênio forte e ganhou o apelido de pimentinha. Certa vez, ela descobriu que os integrantes da banda estavam insatisfeitos com o cachê. Aí, o tempo fechou.

 

Sonora: “Ela foi fazer um show com o Toninho Horta na guitarra e o Wilson das Neves na bateria. Só fera. Daí, ela disse: olha, gente, aplaudam bastante agora porque é a última vez que essa banda toca comigo. Aí, ela demitiu a banda no palco. É um episódio incrível. Acho que nunca mais, na música brasileira, alguém demitindo sua banda no palco. Então, pra você a personalidade que essa menina criou cedo e a voz grossa com que ela falava com os caras muito cedo.”

 

Esta foi a versão reduzida do Na Trilha da História. Para saber mais sobre a carreira e os relacionamentos de Elis regina, ouça o programa completo. O áudio está disponível radios.ebc.com.br/natrilhadahistoria. Assim, você vai conferir, na íntegra, a entrevista com o biógrafo Júlio Maria e ouvir as músicas que marcaram a carreira de Elis Regina.

 

Se você tiver alguma sugestão para o Na Trilha da História, envie um e-mail para culturaearte@ebc.com.br. Até semana que vem, pessoal!

 

 

Na Trilha da História: Apresenta temas da história do Brasil e do mundo de forma descontraída, privilegiando a participação de pesquisadores e testemunhas de importantes acontecimentos. Os episódios são marcados por curiosidades raramente ensinadas em sala de aula. É publicado semanalmente. Acesse aqui as edições anteriores.

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