Na Trilha da História: Historiadora conta como surgiu o samba no Brasil

Na Trilha da História

Publicado em 02/12/2017 - 07:52 Por Apresentação Isabela Azevedo - Brasília

Olá, eu sou a Isabela Azevedo, e está começando mais uma versão reduzida do Na Trilha da História. Hoje, nos vamos conversar sobre as origens do samba e dos primeiros grandes sambistas brasileiros.

 

Nossa entrevistada é a historiadora Maria Clementina Pereira Cunha, doutora em história social pela Universidade de São Paulo (USP), professora associada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e autora do livro Não tá sopa. Maria Clementina lembra que no início do século 20, o Rio de Janeiro estava repleto de influências musicais diversas.

 

Sonora: "No início do século, você tem uma infinidade de ritmos, o lundu, o jongo, que vêm da experiência da escravidão. Mas você também tem a polca, o choro, o maxixe."

 

No final do século 19, a palavra "samba" já existia, mas com um significado bem diferente.

 

Sonora: "Significou, por muito tempo, um tipo de baile, que era associado à música e à dança popular."

 

Foi nas primeiras décadas do século 20 que o termo começou a designar um estilo musical específico. Mas onde nasceu o samba?

 

Sonora: "Os sambistas disputavam. Uns diziam que era do Rio, outros da Bahia e outros de todo o Nordeste."

 

Em 1916, Donga registrou a canção Pelo telefone. A música foi gravada no ano seguinte por Baiano e até hoje costuma ser festejada como o primeiro samba. Mas será isso mesmo?

 

Sonora: "Certamente não foi pelo telefone não. Canções anteriores e que se intitularam, por exemplo, Samba em Casa de uma Bahiana, é uma música instrumental."

 

Na época dos primeiros sambas, os direitos autorais ainda eram uma realidade distante, e a música era de quem registrasse primeiro. A historiadora Maria Clementina dá o exemplo da música Pelo telefone.

 

Sonora: "Ele [o samba]  foi composto numa roda de partido alto, feita com o mínimo de instrumentação, um refrão fixo e improvisação."

 

Esta foi a versão reduzida do Na Trilha da História. O episódio completo tem 55 minutos e traz, além da entrevista na íntegra com a historiadora Maria Clementina Pereira Cunha, sambas antigos regravados por grandes nomes da música popular brasileira. Para ouvir acesse: radios.ebc.com.br/natrilhadahistoria. E se você quiser mandar uma mensagem pra gente, no e-mail é culturaearte@ebc.com.br. Até semana que vem, pessoal!

 

 

Na Trilha da História: Apresenta temas da história do Brasil e do mundo de forma descontraída, privilegiando a participação de pesquisadores e testemunhas de importantes acontecimentos. Os episódios são marcados por curiosidades raramente ensinadas em sala de aula. É publicado semanalmente. Acesse aqui as edições anteriores.

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