Mutirão para requalificação civil de pessoas trans é realizado no Rio
Publicado em 28/06/2022 - 12:10 Por Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, nesta terça-feira, 28 de junho, está sendo lembrado na cidade do Rio de Janeiro com diversas atividades e ações de promoção ao orgulho e de combate ao preconceito.
No campus Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, a programação começou às 10h, com palestras sobre o enfrentamento às desigualdades e formas de violência.
As atividades seguem com o mutirão para a requalificação civil de pessoas trans. A ação faz parte do projeto Justiça Itinerante do Tribunal de Justiça do Rio que tem a parceria do Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual da Defensoria Pública do estado.
A defensora Mirela Assad, coordenadora do Nudiversis, explicou que a requalificação civil significa inclusão social de uma pessoa que passa a ter documentos que condizem com a sua identidade de gênero e com o seu nome, passando, então, a exercer seus direitos civis, como assinar sua carteira de trabalho ou firmar um contrato social.
Mirela destaca que neste mutirão, será feita a segunda requalificação civil pós-mortem no estado. Ela considera a ação muito importante para as pessoas trans que não têm uma identidade como se reconhecem.
A prefeitura do Rio montou um stand na Praça Mauá, no centro, para cadastrar a população LGBTQIA+ que precise de acolhimento e de atenção básica de saúde, assistência jurídica e psicológica.
Já o Metrô Rio vestiu uma das escadas da estação General Osório, em Ipanema, na zona sul, com a bandeira símbolo da luta pelos direitos LGBTQIA+.
O local foi escolhido por dar acesso à Praia de Ipanema, eleita a segunda melhor do mundo para o público gay.
O Dia Internacional do Orgulho Gay foi criado em 28 de junho de 1969 e lembra um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade gay pelos seus direitos: a rebelião de Stonewall Inn, em que a comunidade se revoltou contra invasões da polícia de Nova Iorque aos bares que eram frequentados por homossexuais.
Edição: Leila Santos/Edgard Matsuki