Trocando em Miúdo: A confusão de moeda com selo foi erro do programa; ouvinte foi quem alertou

Trocando em Miúdo

Publicado em 12/09/2017 - 02:34 Por Apresentação Eduardo Mamcasz - Brasília

Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.

 

Em primeiro lugar, eu errei feio. E admito que eu errei. E me recuso a dizer nós erramos. Foi só eu. E errei em que? Vamos lá. Pois o ouvinte Hilton Lúcio, de São Paulo, ele diz que é numismata, ou seja, colecionador e estudioso de moedas. Ele me chamou a atenção para o Trocando em Miúdo de 1º de setembro sobre moedas que o povo não costuma usar. Então, diz o ouvinte:

 

“No final da matéria, o autor exibe o seguinte conteúdo: 'não vá confundir, na hora da procura do tesouro, alguma moeda antiga que, aí sim, se for do tipo Olho de Boi, lá da época de dom João VI, sua moeda antiga pode valer milhão'.

 


Pois repito. Erro feio, todo meu, prezado ouvinte que acompanha este Trocando em Miúdo que, agora, no mês de outubro, vai fazer 10 anos. Isto mesmo. Dez anos no ar. Mas adianto o puxão de orelha que o ouvinte numismata Hilton Lucio deu neste apresentador. Do jeito que ele escreveu:

 

“O Olho de Boi é um selo e não uma moeda. E foi criado por dom Pedro II, neto de dom João VI. Abraços e parabéns pela programação. Hilton Lúcio. São Paulo. “

 

Pois, então, deixa eu consertar o erro. A prosa era sobre moeda e não sobre selo. No caso, selo usado nos correios, aqui no Brasil, existe desde o dia 1º de agosto de 1843. Nosso Brasil foi o segundo país no mundo a usar selos em cartas e tal. E o primeiro selo foi justo o Olho de Boi. Famoso, bem conhecido. Tem um, inclusive, em boas condições, propriedade de um norte-americano, que vale, hoje, 2 milhões e mais alguns milhares de réis. Êpa. Eu falei réis? Sim, réis, que é plural de real. Quer dizer, foi.

 

No lugar do selo Olho de Boi eu devia ter falado, então, da moeda mais antiga em uso no Brasil. Os réis. Quem tinha uma moeda no valor de mil réis, então, era milionário. E o destaque. A moeda real, ou réis, no plural, chegou ao Brasil junto com o Pedro Álvares Cabral, em 1500, e ficou valendo até 1942. Isso mesmo. Passou pelo rei, pelos dois imperadores  e pelas Repúblicas. Na verdade, com a volta do real, ainda existe, né? Porque a moeda se chamava, se fosse a unidade, real. Plural, réis. Hoje, reais. Assim como as moedas que foram objeto da nossa prosa, noutro dia, em cima da campanha do Banco Central para que o povo solte as moedas que estão presas nos porquinhos, latas e gavetas.

 

Então, prezada pessoa ouvinte cidadã. Errei, sim. E corrijo. E se errar de novo, sem querer, me avise, tá? Escreva para emconta@ebc.com.br

 

Então, tá.  Inté e axé.

 

 

Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.

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