Desemprego diminui, mas com aumento do emprego sem carteira ou por conta própria

Mercado de trabalho

Publicado em 30/08/2019 - 13:57 Por Raquel Júnia - Rio de Janeiro

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE mostram que a taxa de desocupação caiu no Brasil no trimestre encerrado em julho tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

A taxa ficou em 11,8%, 0,6 ponto percentual a menos do que a registrada no trimestre encerrado em abril e 0,5 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre de 2018.

 

A população ocupada cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior e 2,4% na comparação anual. No entanto, os dados mostram que a melhora dos níveis de ocupação no país ainda é puxada pelos empregos sem carteira assinada e pelo trabalho por conta própria.

 

Os empregos sem carteira bateram um novo record, com o crescimento de 3,9% em relação ao trimestre anterior e 5,6% em relação ao mesmo período de 2018. Essa situação atingiu 11 milhões e 700 mil brasileiros.

 

Também bateu recorde o número de trabalhadores por conta própria, 24,2 milhões brasileiros, número que cresceu mais de 5% em relação ao mesmo período do ano passado e 1,4% frente ao trimestre anterior. O número de empregados com carteira no setor privado ficou estável nas duas comparações.

 

O coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, destaca que, no último trimestre, o mercado tinha demonstrado sinais de recuperação dos empregos com carteira, mas isso não se confirmou neste trimestre.

 

O número de trabalhadores subutilizados continuou o mesmo em relação ao trimestre anterior, totalizando 28 milhões e 100 mil pessoas, mas subiu na comparação anual em 2,6%.

 

São considerados subutilizados aqueles que trabalham menos horas do que gostariam e estariam disponíveis, os desocupados que efetivamente procuram trabalho nos últimos 30 dias e os que fazem parte da força de trabalho potencial.

 

A taxa de subutilização ficou em 24,6%, 0,4 ponto percentual menor do que a registrado no último trimestre, mas igual ao mesmo período do ano passado.

 

A população desalentada, considerada aquela que desistiu de procurar trabalho, 4,8 milhões pessoas, não teve variação significativa. Em relação ao rendimento médio real da população ocupada, os dados mostram que o valor caiu 1% em relação ao trimestre anterior e ficou estável em relação ao trimestre terminado em julho de 2018, estimado em R$ 2. 286.

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