Publicado em 17/10/2017 - 09:07 Por Renata Martins - Brasília
A terceira edição do Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena acontece até a próxima quinta-feira (19) na Universidade de Brasília. O encontro é uma atividade de educadores indígenas e indigenistas. Sérgio Banil é professor indígena do Amazonas fala dos principais desafios da educação indígena no país.
Sonora: “Melhorar a infraestrutura, que ainda é muito precária em alumas regiões. Melhorar a qualidade da educação, que não é educação de qualquer qualidade, é uma educação indígena específica, diferenciada, bilíngue, que valorize os saberes, as pedagogias e os conhecimentos indígenas e que tenham o interesse pelas grandes pautas nacionais. Como, por exemplo, o ensino médio que está passando por uma grande reformulação.”
O analista de políticas sociais do Ministério da Educação, Rafael Chukuru Cariri, avalia que, apesar dos avanços na área, é preciso superar a desigualdade étnico-racial.
Sonora: “Alguns indicadores mostram que as escolas indígenas ficam aquém da realidade regular do país. Em termos de formação de professores, por exemplo, em alguns anos, a gente atinge 45%, quase 50% de professores sem a formação inicial no ensino superior, quando, no Brasil, estaria em torno de 30%. A mesma coisa em comparação com estrutura física, a gente tem quase um terço de escolas indígenas sem infraestrutura.”
De acordo com o Censo Escolar de 2016, o Brasil tem mais de 3,2 mil escolas específicas para esses povos. Cerca de 280 mil estudantes e 20 mil professores são indígenas.