Estado e Município do Rio concordam com retorno das aulas presenciais
Professores acham que é prematura a volta dos alunos para a escola
Publicado em 19/08/2020 - 14:31 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro
15 de setembro. Essa é a data prevista para o retorno às aulas presenciais no Rio de Janeiro. A projeção é da Secretaria Estadual de Saúde, que deve sustentar a decisão da Secretaria de Educação a respeito da rede do Estado, e também o decreto governamental autorizando a volta das atividades nas unidades de ensino privado.
E desta vez não há discordâncias com a capital, já que o prefeito Marcelo Crivella também projetou a reabertura das escolas municipais de Ensino Fundamental para o mesmo período.
De acordo com o governo do Estado, nos próximos 15 dias, será feito um planejamento completo desse retorno, com protocolos factíveis e confiáveis, baseados no acompanhamento epidemiológico da Covid-19 nas diferentes regiões em todo o Rio de Janeiro, para garantir a total segurança tanto dos alunos quanto dos profissionais.
Esses protocolos vão determinar que menos alunos fiquem em cada sala; e também o uso obrigatório de máscara, o distanciamento social, mudanças na distribuição da merenda escolar e controle sorológico de professores e estudantes.
Para os professores não é suficiente. O presidente do Sinpro, sindicato que representa os profissionais da rede particular, Osvaldo Teles, diz que a categoria só se sentirá segura com o aval de autoridades sanitárias, a exemplo da Fiocruz.
Posição semelhante tem o Sepe, o Sindicato dos Professores da Rede Pública, tanto estadual quanto do município do Rio, que também decretou greve das aulas presenciais. O coordenador geral do Sepe Gustavo Miranda afirma que, além da pandemia não estar controlada, muitas escolas terão dificuldades para atender aos protocolos.
Os sindicatos ainda não agendaram novas assembleias para decidir sobre a continuidade da greve das aulas presenciais. Mas os professores seguem trabalhando de forma remota.
Edição: Sâmia Mendes