Daniel Dias anuncia aposentadoria após jogos paralímpicos de Tóquio

Nadador tem 24 medalhas paralímpicas, sendo 14 de ouro

Publicado em 19/01/2021 - 10:11 Por Lincoln Chaves - Rio de Janeiro

O documentário "A Última Dança" conta os bastidores da temporada final de Michael Jordan no Chicago Bulls e a busca pelo sexto título da NBA. Para Daniel Dias, a Paralimpíada de Tóquio deste ano tem um quê de última dança - ou, no caso dele, de última braçada. Maior nome da história do paradesporto brasileiro, o nadador de 32 anos anunciou que encerrará a carreira após os jogos na capital japonesa. Os números evidenciam a história que ele escreveu nas piscinas. São 24 medalhas paralímpicas, sendo 14 de ouro. Além de 40 pódios em Mundiais e 33 em Jogos Parapan-Americanos - sempre em primeiro lugar.

A aposentadoria, segundo Daniel, foi pensada. Ficar mais perto da esposa Raquel e dos filhos Asaph, Daniel e Hadassa, teve peso significativo na decisão. A despedida das piscinas após Tóquio, porém, não significa que o nadador esteja de saída do movimento paralímpico. Pelo contrário. Ele quer, inclusive, atuar próximo ao Comitê Paralímpico Internacional. Um tema que deseja discutir é o dos critérios da classificação funcional, que é o processo de análise pelo qual os atletas passam para saber em qual categoria paralímpica estão.

A natação paralímpica tem 14 classes. As de 1 a 10 são voltadas a nadadores com deficiências físico-motoras. Quanto maior o número, menor o grau de comprometimento. Daniel, que nasceu com má formação nos membros superiores e na perna direita, é S5. Após a Paralimpíada do Rio de Janeiro, porém, o sistema de classificação teve mudanças. Atletas que nadavam em categorias acima - portanto, com menor comprometimento físico-motor que o paulista - foram transferidos para a dele.

A temporada que marca a aposentadoria de Daniel é também a 17ª de uma carreira que, ele próprio admite, iniciou "tarde", aos 16 anos. A inspiração foi em outro nadador. Na Paralimpíada de 2004, Clodoaldo Silva brilhou nas piscinas de Atenas, na Grécia, com seis medalhas de ouro. O curioso é que o único esporte que o paulista não praticou na infância, até se encantar com os feitos de Clodoaldo, foi justamente a natação.

Para finalizar a carreira com chave (e mais medalhas) de ouro em Tóquio, Daniel treina forte em Bragança Paulista (SP), onde mora. São cinco a sete treinos semanais em piscina, mais duas a três vezes por semana de preparação física. O cronograma de competições, porém, ainda é uma incógnita. O calendário nacional está suspenso devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Já o circuito mundial começa em abril e vai ate junho, mas, sem a etapa brasileira.

 

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