Agricultores acampam em Brasília para cobrar reforma agrária

Pressionar o governo pela demarcação de terras para a reforma a agrária e para comunidades indígenas e quilombolas é a intenção do grupo que montou acampamento na manhã desta segunda-feira em frente ao Congresso Nacional. Ele é formado por agricultores familiares do Distrito Federal e dos estados de Goiás e São Paulo. 

Carlos Lopes, dirigente da FNL, diz que a reforma agrária no Brasil passa por um momento de estagnação.

O Incra, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, destaca que nos últimos QUATRO anos mais de 107 mil famílias foram assentadas. Mas a Comissão Pastoral da Terra ressalta que 73% delas são ligadas a processos anteriores ao mandato da presidenta Dilma Rousseff.

De acordo com a FNL, na agenda desta segunda-feira estão reuniões com os ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento Agrário.

O grupo acampado em frente ao Congresso Nacional aguarda a chegada de índios e quilombolas, prevista para essa terça-feira. Durante a manhã, eles terão um encontro com a presidenta do Incra, Maria Lúcia Falcón.

Militantes pela reforma agrária estão no Distrito Federal desde a semana passada, quando eles caminharam de Sobradinho até a Granja do Torto. No fim de semana, o grupo seguiu até o ginásio Nilson Nelson, de onde nesta segunda-feira.

Os protestos fazem parte das ações para lembrar o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, lembrado em 17 de abril.