Subprocuradora vê negligência no rompimento de barragem
Publicado em 04/12/2015 - 18:51 Por Maiana Diniz com colaboração de Manoel Ventura - Brasília
A coordenadora da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal, Sandra Cureau, falou à Agência Brasil sobre algumas conclusões preliminares em torno das causas do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, em Mariana (MG).
De acordo com Sandra, que é subprocuradora-geral da República, embora as investigações ainda estejam em curso, a catástrofe evidencia que houve negligência e omissão por parte da empresa controlada pela Vale e pela BHP Bilinton.
Entre as consequências, do desastre, ocorrido em 5 de novembro, está a destruição do Distrito de Bento Rodrigues, com saldo de mais de 600 desabrigados, 11 mortes e oito desaparecidos. Ao chegar no Rio Doce, a lama afetou o fornecimento de água em várias cidades e matou toneladas de peixes.
Sandra destaca que faltou controle técnico da capacidade da barragem em suportar o volume de rejeitos. Além disso, a Samarco não tinha um plano para alertar a população. Ela cita ainda que uma das maiores provas dessa negligência é que a empresa sequer sabia exatamente o que estava acontecendo e chegou a noticiar que duas barragens tinham rompido, quando, na verdade foi só a de Fundão.
Na avaliação da subprocuradora, o Brasil tem boas leis, mas um grande problema em relação a meio ambiente é ter quem fiscalize o cumprimento das normas.
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Subprocuradora diz que houve negligência e omissão da Samarco em Mariana